Marta, a psicóloga
Conforme prometido, segue o e-mail que a minha mãe mandou para a Marta (psicóloga do processo) logo após o encontro que teve com ela e em seguida a resposta que a Marta mandou em forma de um bilhete para Maria. Marta Cristina Ikeda Gondo, nunca vou ser capaz de te agradecer o suficiente, isso foi sem dúvida a coisa mais emocionante que já li na vida....Obrigada sempre !!!
Tudo tem o seu tempo determinado, há tempo para todo
propósito debaixo do céu", diz o texto sagrado.
Marta, sou Ana, a mãe de Veridiana e como
comentei no dia em que aí estive, gosto de escrever e sempre escrevo para nunca
esquecer.
É exatamente o que faço agora, um registro,
que passem quantos anos forem, "Maria" saberá deste momento tão
maravilhoso da história dela.
Sabe Marta, quando precisamos de um serviço
público, sempre ficamos apreensivos, pois partimos do princípio que não vai
funcionar (coisa triste né?), contudo...algumas vezes nos surpreendemos quando
encontramos do outro lado da mesa um profissional que além de competente é
"gente".
Foi assim com você Marta. Incrível como
dentro das paredes cinzas e frias do Fórum João Mendes nos sentimos acolhidos,
abraçados e acalentados quando nos deparamos com você.
Acompanhei todas as voltas de Veri após as
entrevistas com você. Podia ver em minha filha a satisfação em estar
participando dessa parte do processo de adoção.
Em nenhum momento ouvi uma crítica sequer,
e olha que propositalmente eu provocava para ver se Veri titubeava, mas não.
Ela era firme ao dizer que as entrevistas com você eram excelentes e que sentia
quando terminavam, pois, queria mais.
Aí...chegou o nosso dia, quando você
convocou à nós, os pais de Veridiana e portanto avós de "Maria". Aí
fiquei muito brava no primeiro momento. " Mas como!?"
"Não estamos adotando ninguém! "Isso é um desrespeito com a Veri,
afinal ela é a mãe!" "Eu não vou!"
E a Veri dizia, mãe, ela é ótima, só quer
conhecer vocês porque eu moro com vocês.
Então...já mais calma e conformada fui
e... hoje iria novamente, quantas vezes você nos convocasse. Porque ao
conversar com você, pude sentir o quão sério é seu trabalho e o quanto você se
doa a ele.
Não tenho nenhuma crítica ou insatisfação com seu trabalho, ao
contrário, só tenho muito a agradecer, pois ele foi sério, competente, afetuoso
e imensamente humano.
Marta, GRATIDÃO
é a palavra mais simples, mas a mais completa para expressar o que sinto.
Gratidão pela Veri, por nós e principalmente por tantas outras crianças que
como "Maria" tiverem o privilégio de cair com você.
Um abraço muito apertado
Ana
Querida Maria,
Tal como sua mãe e avós maternos,
é assim que a chamo também. Escrevo a você numa segunda-feira, dia 26 de junho
de 2017, e não sei ao certo quando você lerá esta mensagem.
Saiba que conheci sua mãe Veri e
seus avós, quando eles ainda não te conheciam, mas já te esperavam com alegria.
Estavam plenos, prontos para o encontro com você.
Acho que gostará muito desta sua
família. Desejo que seja muito feliz.
Como lhe disse, eu os conheci
antes de você. E levo boas recordações do trabalho que fizemos juntos, quando
ainda não a conhecíamos, mas você já existia e era amada.
Um grande beijo, Maria!
Marta
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